Finlândia
Nopeussokeus - Speed Blindeness
MUSEU DA MARIONETA
26 e 27 de Maio às 21h30
Quinta e Sexta
Concepção, Encenação e Interpretação: Kalle Hakkarainen Música e desenho de som: Samuli Kosminen Desenho de Luz: Meri Ekola Texto: Harry Salmenniemi Consultor coreográfico: Jyrki Karttunen Figurinos: Mila Moisio, Kaisa Rissanen Adereços: Kalle Hakkarainen, Juha Pakarinen, Timo Weman Programação e desenho de projecção: Kalle Hakkarainen Filmagem de alta velocidade: Teemu Liakka Desenho de luz: Meri Ekola, Ainu Palmu Fotografias: Petri Virtanen Produção: WHS, Kiasma Theatre, Karttunen Kollektiv Agradecimentos: Arts Council of Finland, Finnish Cultural Foundation, Leena Nio, Suho Nio, SoleusProteor, ProDisplay/Marko Ertunc, Tuukka Konttinen, Henrik Tanabe/Olympus, Tuija Luukkainen, Matias Boettge, Markus Kahre, Seppo Salminen, Silvia Hosseini, Ona Kamu, Anne, Matti and Ville, Kiasma Theatre, Jani-Matti Salo, Heikki Paasonen Técnica: Objectos, vídeo, magia, dança Público-Alvo: M/10 Duração: 35 minutos Idioma: Sem palavras
“Nopeussokeus - Speed Blindeness” recorda-nos o universo surreal de David Lynch. É uma peça atmosférica sobre a luta de um condutor para se manter acordado durante a condução virtual de um automóvel. Árvores, casas, campos - o passar do tempo. Sente-se no ar a potencial colisão, o choque, o perigo e a morte. O vídeo é utilizado escrupulosamente e a sincronização é perfeita. O forte universo sonoro nasceu da caneta de Samuli Kosminen.
“Nopeussokeus - Speed Blindeness” é ‘nova magia’. Um espectáculo inovador que descreve o que se passa nos longos segundos em que um corpo e uma máquina colidem. Procura estabelecer novas relações entre o cinema e a magia cénica, ao recriar no palco de um teatro cenas que só encontramos em imagens estáticas ou em câmara lenta, oferecendo ao espectador uma nova perspectiva sobre a magia. Kalle cria uma tensão hipnótica e analisa novas formas de expressão fornecidas pelo vídeo e as suas capacidades relacionadas com o tempo e o espaço.
Têm de ver com as vossas mentes abertas e vão ver que vão sair fascinados e absolutamente confundidos com o que se passou em palco! Como é que são feitas aquelas imagens?
“A atmosfera dos espectáculos a solo que vimos no Kiasma Theatre [Nopeussokeus - Speed Blindeness e Mortimer] são ambas sombrias e melancólicas. O mundo é retorcido e tudo acabará em morte, mais cedo ou mais tarde, com maior ou menor violência.
Podemos observar os últimos segundos de um acidente automóvel, provocado pelo facto de o condutor ter adormecido ao volante, como Hakkarainen faz no seu espectáculo Nopeussokeus. A palavra chave está na desaceleração, conforme as veias sanguíneas de um corpo em decomposição são exibidas como cabos vermelhos, com os quais Hakkarainen realiza a ilusão fantástica desta obra. Destreza e timing perfeito são necessários também nas sequências de condução, que alternam com o vídeo e os movimentos ao vivo de Hakkarainen…
Uma parte muito substancial destes espectáculos a solo, para além do imaginário visual e da magia, é realizada pela criação de Samuli Kosminen do ambiente sonoro, o qual está de tal forma entrelaçado, que se torna difícil de analisar individualmente.
Nopeussokeus e Mortimer não são espectáculos fáceis, mas são verdadeiramente inspiradores e de uma fantástica destreza e revelam associações de ideias diferentes”.
Annikki Alku
“A companhia WHS define-se como um grupo de circo contemporâneo - de teatro visual. Os dois espectáculos que vimos… demonstram que esta definição é bastante pertinente.
[Nopeussokeus e Mortimer] movem-se de uma maneira fascinante na fronteira de várias formas das artes performativas. Estes espectáculos são diferentes na sua atmosfera, mas contêm elementos familiares de outras produções da companhia WHS.
Por um lado são peças extremamente visuais, baseadas em diferentes tipos de ilusões… Por outro, as projecções vídeo desempenham um importante papel em ambas… e especialmente o desenho de som de Kosminen que cria um suporte muito forte nas duas peças.
Nopeussokeus de Hakkarainen é a mais racional das duas peças. É uma viagem cinematográfica, de expressão quase minimalista, pelas visões de um condutor nocturno. Cabos eléctricos e lâmpadas incandescentes vermelhas funcionam como símbolos da carne e da vulnerabilidade humanas. O artista visual e mágico Hakkarainen cria visões de sonho, imagens da morte, com a ajuda de projecções vídeo e algumas ilusões muito bem executadas. A mente de um condutor, que adormece atrás do volante, é assombrada por diferentes tipos de cenários de acidentes
que distorcem e maltratam o corpo.
Para a realização destas visões utilizou alguns “passos de magia”, que justificam a denominação de novo circo para este espectáculo. Assim, este espectáculo é, antes de mais, teatro visual, sem palavras, mas que também estende os seus dedos para o limite da arte da dança”.
BIO
WHS - Kalle Hakkarainen é uma companhia de novo circo, especialmente conhecida pelo estilo muito próprio de malabares de Ville Walo, que se move nas fronteiras do malabarismo, marionetas, teatro, dança, e a escala de expressão singular de Kakkarainen, que passa pelo cinema, teatro de objectos e um novo olhar sobre a magia. WHS tem realizado digressões por todo o mundo e no FIMFA Lx10 surpreenderam o público lisboeta com a mestria do seu trabalho na correlação entre imagens reais e virtuais.
Kalle Hakkarainen é mágico e videasta. No seu trabalho examina os novos tipos de expressão que a imagem vídeo fornece e as suas capacidades relacionadas com o tempo e espaço. Estudou artes visuais na academia de belas-artes filandesa. Hakkarainen, como mágico, especializou-se em desenvolver novos truques e novas formas de magia. As suas invenções têm aparecidos nas publicações profissionais mais importantes de magia, como “Magic-Magazine”. Em 2000 ganhou o terceiro prémio no campeonato mundial de magia (FISM) na categoria de invenções. Ensinou magia em numerosas escolas de circo e de magia na Finlândia. Para além do seu percurso como ilusionista, tem trabalhado como realizador, editor e animador em programas de televisão, anúncios e curtas-metragens.
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